A pedra

Corro de um lado para o outro. Corro, sei saber o que fazer. Corro…Corro… Paro, em frente a um espelho. Olho para o meu reflexo. Levo as mãos ao espelho. Parti-o. Começo a correr. Corro…Corro… Assim continuei horas a fio, sem perceber o porquê de tudo aquilo estar a acontecer. Apercebi-me que estava numa sala branca. Toda branca. Começam a aparecer pessoas à minha volta. Pessoas de branco. Olho para mim e vejo que também estou de branco. Entro em pânico e desmaio. As perguntas voam na minha cabeça, como a águia trespassa o céu atrás da presa. Acordo. Tomo consciência do que se passava. As coisas estão a acontecer, são reais. A sala branca, era um hospital e as pessoas, médicos. Não param de me observar e dar comprimidos. O espelho, o espelho, era eu. O meu eu que haverá sido morto, por mim. Tive um irmão gémeo. Percebo agora onde estou. Estou no manicómio. Nunca mais volto a ser o mesmo.
O meu irmão irritou-me e eu mandei-lhe com uma pedra à cabeça.

6 comentários:

  1. A primeira parte até perceberes que estavas num hospital, eu ia jurar que tinhas exprimentado fazer Ophélia :P
    Está muito bom.
    Gosto como escrves.
    Não gosto o Tempo que usas..
    Já te tentei explicar isto...
    Mas depois falamos melhor sobre isso..
    Keep going.

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  2. Finalmente pela 1ª vez explicaste tudo e nao acabaste na parte melhor. Gostei *

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  3. o meu irmao (nao leva virgula) irritou.me e atirei-lhe

    conselho de amigo

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  4. Gostaria de te agradecer anonimo pelo concelho de amigo. Estou a precisar de umas aulas de pontuação.

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  5. E de trabalho de documentação, amigo: um documento sem data não vale de nada. Que tal passar a datar os seus posts? Era simpático...
    Vá lá, "procurante", eu acho que a sua pontuação - agora que já tirou a vírgula - está muito bem.
    Beijinhos

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